A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), informou que devido à estiagem prolongada, que afeta o Oeste de Santa Catarina, e o alto consumo de água registrado nos últimos dias, o volume de distribuição de água no sistema de abastecimento de Chapecó está reduzido. No domingo (29), a Casan iniciou a realizar manobras para tentar conter a situação.
Nos próximos dias, o abastecimento de água deve permanecer reduzido. O Lajeado São José está quase seco devido a falta do registro de chuva no município. Não chove consistentemente na região há mais de um mês e os meses de janeiro e fevereiro registraram volumes abaixo da média. Em março, choveu somente 20% do previsto para o mês.
Nos últimos dias, por conta do decreto de situação emergencial adotado por Santa Catarina como uma medida de prevenção ao novo coronavírus (Covid-19), o consumo de água teve um acréscimo de 30% no município – o que agravou a situação.
Durante o domingo (29), a Casan informou que realizou manobras no sistema de distribuição; O fornecimento de água para os bairros Engenho Braun, Jardins, São Cristóvão, Boa Vista, Bom Pastor, Paraíso, São Pedro, Bela Vista, Líder, Vila Real, Esplanada, Monte Belo e Santa Maria foi interrompido e retomado apenas no início da noite. Os demais bairros de Chapecó foram abastecidos durante o dia, mas tiveram interrupções durante à noite e na madrugada.
“Não tivemos alternativa a não ser iniciar manobras por áreas da cidade, em forma de rodízio, pois a água não chega com pressão aos bairros mais altos e distantes da estação de tratamento”, explica o engenheiro Bruno Comunello Eleotero, chefe da Agência local.
No primeiro momento, 13 bairros são afetados pelas interrupções, mas a Companhia não descarta estender a medida para outras áreas da cidade, caso a estiagem persistir e o consumo não diminuir.
A Companhia implantou duas bombas flutuantes para aumentar a capacidade de captação no São José e instala novos equipamentos na captação do Lajeado Rio Tigre, em Guatambú (SC) que auxilia na vazão necessária para o município.
“Precisamos mais do que nunca da ajuda da população”, diz o Superintendente Regional do Oeste, Daniel Scharf. “A água precisa ser reservada para higienização, lavagem das mãos, banhos e roupas, mas não podemos usar mangueiras para lavar casas, pátios, calçadas, entrada de prédios e carros”, complementa.
Orientações da Casan para o uso racional da água
– Não lave casas, pátios, calçadas, hall de prédios com mangueira e carros em hipótese alguma.
– Ao lavar louças ou escovar os dentes, feche a torneira.
– Junte a roupa até encher a máquina de lavar antes de acioná-la: uma lavagem pode consumir até 160 litros;
– Não tome banhos demorados. O chuveiro é um grande consumidor de água, ainda mais agora que é recomendado aumentar a frequência dos banhos.