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Chapecó tem desafios de grandes centros, aponta CDL

Foto: Prefeitura/Facebook

Chapecó, 1917. Um território essencialmente rural quando os desbravadores chegaram para construir o município que completou 103 anos. Os primeiros comércios se confundiam com moradias de madeira, em ruas de terra que seriam traçadas só a partir de 1930. O trecho que se transformou na Avenida Getúlio Vargas, era ocupado pela população urbana de apenas 2.633 habitantes, em 1950. O espaço era divido com carroças, bois e cavalos. 

Quem olha para a cidade hoje não reconhece o cenário de um século atrás. Mais de 220 mil habitantes, 25 mil empresas, 5 mil comércios, 11,5 mil microempreendedores individuais e mais de 80 mil empregos formais. O município que era essencialmente agrícola se tornou a capital do agronegócio, o principal destino estadual de feiras e eventos, o maior exportador do Estado e a 5ª maior cidade de Santa Catarina, com o 6º melhor PIB catarinense. 

A força econômica de Chapecó, cuja taxa média de crescimento anual supera a média estadual, concentra 67% do movimento no setor terciário, 30,8% no secundário e 2,2% no primário. O setor de prestação de serviços é o que mais emprega no município (41,8%) seguido pela indústria (33,5%) e pelo comércio (25%). Os três também concentram a maior fatia do PIB municipal – 23,5% indústria, 15,1% comércio e 35,9% prestação de serviços, com potencial de consumo de R$ 7,1 bilhões. Somos o 7º maior mercado consumidor catarinense. 

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Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Chapecó, Clóvis Spohr, os números mostram que o setor econômico responde pelo progresso local e desencadeia o desenvolvimento dos demais indicadores. 

“É essa força que nos coloca como referência na educação, agroindústria, saúde, turismo de negócios, comércio, inovação e tecnologia. Ao olharmos para trás, percebemos nosso progresso: contamos com segmentos fortemente representados e não precisamos sair de Chapecó para buscarmos qualquer serviço. Quando olhamos para frente, porém, vemos desafios que já não são de cidade pequena, mas de grandes centros”, analisa. 

Quais são os desafios? 

Para a CDL de Chapecó, o comércio reflete as ações públicas aplicadas nos demais setores do município. “O comércio é a consequência. Infraestrutura, logística, estradas, mobilidade, acessibilidade, empregos, tudo reflete no setor, que funciona como um medidor do desenvolvimento”, afirma o diretor executivo Jeancarlo Zuanazzi. Ele defende a implantação de uma política de desenvolvimento econômico mais bem definida, com metas a curto, médio e longo prazos para atrair investidores e assegurar maior planejamento ao setor.  “Deve ser uma estratégia pública, uma política de Estado, não um mero plano de governo”, observa. 

Neste cenário, Spohr afirma que a segurança, a limpeza e a iluminação públicas, além da mobilidade urbana e da manutenção da qualidade dos serviços ofertados na saúde e na educação no município, são essenciais para o fortalecimento da economia local.

“Evitar o acúmulo de lixo nas ruas causado nos finais de semana, disciplinar o uso das calçadas pelos bares, restaurantes e lanchonetes e construir um novo terminal urbano para transporte público, são ações importantes para o setor”. 

O vice-presidente Gilberto João Badalotti e o diretor conselheiro José Carlos Benini também citam a construção de um novo parque de exposições para feira e eventos, ampliação do Aeroporto e a desburocratização no processo de abertura de empresas como essenciais para o desenvolvimento econômico. “O Parque da Efapi está ultrapassado, precisamos de uma nova estrutura que acompanhe o status de capital de negócios. Somos referência em feiras e eventos e também precisamos de um Aeroporto que atenda a demanda”, ressalta Benini. “A morosidade e a burocratização para abrir novas empresas são um entrave para a geração de empregos. É fundamental um processo mais ágil, analisa Badalotti. 

Como pontos principais, a entidade cobra maior fiscalização do comércio irregular de ambulantes, combate à venda de produtos falsificados e o fortalecimento do comércio nos bairros, com incentivos à abertura de empresas locais. 

“O melhor investimento de qualquer agente público é em ações que promovam mais gestão e menos política”, grifa o presidente da CDL.  

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