Na noite de terça-feira (17), o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés decretou situação de emergência devido o coronavírus. O decreto determinou uma série de medidas que necessitam ser adotadas. Imediatamente, a população questionou sobre os abastecimentos de mercadorias nos supermercados.
Marcos Anzolin, vice-presidente regional da Associação Catarinense de Supermercados – Acats, afirma que o fornecimento de produtos não será comprometido. “A gente vem conversando com os diretores das industrias. Tem garantia total de abastecimento, as indústrias e transportes não vão parar”, afirmou.
Para a Acats, não existe necessidade da procura excessiva por produtos. “Não precisa haver essa loucura de ir ao mercado e exagerar nas compras. Pois, eu acredito que não vai faltar mercadorias”, afirmou o vice-presidente regional.
Na aduana de cargas em Dionísio Cerqueira, os motoristas vão passar por uma avaliação de saúde. Neste momento, está proibida a retenção de mercadorias de primeiras necessidades.
Em entrevista, um supermercado de Chapecó informou que houve um aumento da procura da população. Principalmente em produtos de limpeza e itens básicos de alimentação – feijão, arroz, farinha e água.
Indústrias
De acordo com o que estabelece o decreto do Governo do Estado, as “indústrias deverão operar em sua capacidade mínima necessária nas regiões em que já tenha sido identificado o contágio comunitário”.
A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) orienta que as empresas “devem fazer o máximo esforço para reduzir a circulação de pessoas e preservação da saúde dos trabalhadores, especialmente dos que estão em grupos de risco. Avalia, contudo, que as decisões para cumprir a preconizada ‘capacidade mínima de funcionamento’ devem ser tomadas caso a caso, considerando a realidade das localidades e das empresas”.
A FIESC também sugere que as empresas considerem em seus planos de contingenciamento instrumentos jurídicos, como banco de horas, home office, redução de jornada, antecipação de férias e outros previstos na legislação para momentos excepcionais como o atual.
A Federação, por meio do presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, determinou a criação de uma central de suporte à indústria para orientar sobre a interpretação do decreto estadual, disseminar práticas para manter a produção e o respeito aos princípios jurídicos fundamentais e responder a dúvidas na área de gestão de pessoas.
Agroindústria
Em apuração, o Grupo Condá de Comunicação entrou em contato com algumas agroindústrias da região.
Aurora
Até o momento, a Aurora continuará com as atividades normais. A empresa informou que em Santa Catarina, a cooperativa contratará transporte particular para buscar e levar os empregados de casa até o trabalho. A medida será válida, enquanto o decreto estiver em andamento no estado.
Em contato com Auto Viação Chapecó, foi confirmado ao ClicRDC que a empresa foi contratada pela Aurora e fará o fretamento destas linhas na cidade. Sendo assim, os trabalhadores utilizarão deste transporte para ir ao trabalho. Nas demais cidades onde a cooperativa opera, a medida será semelhante com empresas locais que prestarão o mesmo serviço.
BRF
A BRF informou implementou diversas medida e protocolos para assegurar a saúde e a segurança das pessoas envolvidas no sistema operacional.
“Desde o início do surto, possuímos um Comitê Permanente de Acompanhamento Multidisciplinar. Contamos com um plano de contingência para garantir o abastecimento e atendimento da demanda da população por alimentos no Brasil e no mundo”.
“A empresa também informou que utiliza de meios de transportes particulares e seguros para os colaboradores no Estado de Santa Catarina e irá intensificar este serviço a partir das resoluções aplicadas no estado”
Ecofrigo
O ClicRDC entrou em contato com a equipe da Ecofrigo para saber quais foram as medidas adotadas pela empresa e aguarda o posicionamento, assim que tiver resposta será atualizada a matéria.
