Informações G1
Uma semana depois do massacre que deixou dez mortos, alunos de outras escolas, inclusive de outras cidades, estão na frente da escola em Suzano com o objetivo de acalentar as vítimas e as famílias. Alguns levam cartazes, outros cantam, dezenas se reúnem em abraços coletivos.
Um ato ecumênico organizado pela Secretaria Estadual da Educação será realizado na quadra e deve reunir representantes de pelo menos cinco religiões. Também participam o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares da Silva, e o prefeito de Suzano, o prefeito Rodrigo Ashiuchi.
A empresária Hérica Suzart percorreu mais de 50 quilômetros nesta manhã para distribuir abraços e flores. Ela levou 300 botões de rosas. “Vim para prestar solidariedade e para um abraço, passar que ainda existe esperança. Já era para eu ter vindo antes, porque distância não é problema”.
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Após o ato ecumênico, professores, servidores, estudantes, familiares e voluntários que apoiam o retorno das atividades escolares realizarão um abraço coletivo em torno do prédio.
Um grupo de Poá, com 30 alunos, chegou cedo à Raul Brasil. A estudante Maria Alice Costa Santos, de 15 anos, cantou louvores na rua. Ela não conhecia as vítimas.
“Nós somos todos irmãos. Nós sentimos a dor do outro. É muito forte para nós, porque nós viemos aqui em solidariedade, sentir a presença de todos que estavam aqui”, diz.
Para a aluna, as vítimas do massacre tinham a missão de ensinar quem fica. “Eles nos deram uma lição que é aproveitar o hoje com quem a gente ama. Deixar o orgulho de lado, as mágoas de lado, para nós sentirmos o amor que é estar um com outro”, reflete entre lágrimas.