Informações do G1
Uma bicicleta rodeada de canos de PVC e diversas mudas de plantas chama a atenção de quem passa pelo agricultor Júlio Silvestre nas ruas do Recife. Sua “horta ambulante” é composta de plantas de vários tipos, que são vendidas como forma de sustento do agricultor, que se mudou de Carpina, na Zona da Mata, para a capital pernambucana.
Na “lojinha” tem de tudo: manjericão, capim-santo, hortelã, orquídeas, plantas ornamentais e muitas outras. Se não tiver, as encomendas podem ser feitas pelo WhatsApp. As vendas são o sustento de Silvestre, como é mais conhecido. “Tudo começou quando meu trabalho com lanches não deu muito certo. Eu já tinha uma plantação em Carpina [na Zona da Mata] e decidi começar a vender nas ruas”, conta o agricultor, que mora no bairro de Água Fria.
A bicicleta ficava estacionada no Mercado da Encruzilhada, na Zona Norte do Recife, mas ele passou a ocupar o cruzamento da Rua Amélia com a Conselheiro Rosa e Silva, na mesma região da cidade, nas últimas semanas.
O agricultor cuida de todos os detalhes sozinho. Os potes que sustentam a terra e as plantas são garrafas pets reutilizadas. Algumas plantas especiais recebem um suporte feito à base de casca do coco. “Eu pego o coco que já foi usado, lavo e raspo para colocar a terra e plantar. Ao invés de comprar material plástico, uso o que a natureza me dá”, explica o agricultor.
As orquídeas contam com uma madeira apropriada, de acordo com Severino. “Planto de forma que ela fique junto aos substratos. São madeiras de ‘podações’ legais. Pego os pedaços de madeira das árvores que já foram cortadas e reutilizo”, fala sobre o processo de plantação.
Para Severino, a iniciativa vai além de uma estratégia comercial. “A gente precisa cuidar do meio ambiente e da natureza. Não pode ser uma educação só na teoria, mas na prática”, defende.
